Realismo no Brasil
O realismo surgiu na segunda metade do século XIX.
Foi essencialmente uma reação ao idealismo da literatura romântica. O próprio romantismo, aliás, surgido no início do mesmo
século, já vinha abandonando o idealismo, como se pode ver na obra do francês Victor Hugo, que não
apresentava essa tendência em seus livros.
Hugo faz denúncias da vida miserável dos pobres na França, em romances que se consagraram, como o célebre "Os Miseráveis".
Por esse motivo é importante ressaltar que o realismo reage contra um determinado aspecto do movimento romântico e que o romantismo não deixa de apresentar certo caráter realista, principalmente no que toca a descrição de cenários e costumes.
Hugo faz denúncias da vida miserável dos pobres na França, em romances que se consagraram, como o célebre "Os Miseráveis".
Por esse motivo é importante ressaltar que o realismo reage contra um determinado aspecto do movimento romântico e que o romantismo não deixa de apresentar certo caráter realista, principalmente no que toca a descrição de cenários e costumes.
Características do Realismo
·
Oposição ao idealismo romântico. Não há
envolvimento sentimental;
·
Representação mais fiel da realidade;
·
Romance como meio de combate e crítica às
instituições sociais decadentes, como o casamento, por exemplo;
·
Análise dos valores burgueses com visão crítica
denunciando a hipocrisia e corrupção da class;e
·
Influência dos métodos experimentais;
·
Personagens analisadas psicologicamente.
Principais
Autores, Principais Obras
Machado de
Assis
É considerado o maior escritor do século XIX,
escreveu romances e contos, mas também aventurou-se pelo mundo da poesia,
teatro, crônica e critica literária.
Nasceu
no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Foi tipógrafo e revisor tornando-se
colaborador da imprensa da época.
Sua
infância foi muito pobre e a sua ascensão artística se deve a muito trabalho e
dedicação. Sua esposa, Carolina Xavier, o incentivou muito na carreira
literária, tanto que foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de
Letras.
Como
romancista escreveu: ”A mão e a luva”, “Ressurreição”, ”Helena” e “Iaiá
Garcia”.
Embora
sejam romances, essas obras também revelam algumas características que
futuramente marcarão a fase realista e madura do autor, como a análise psicológica
dos personagens, o humor, monólogos interiores e cortes na narrativa (uma das
suas principais características).
“Memórias
Póstumas da Brás Cubas” (considerado o divisor de águas na obra machadiana)
“Quincas Borba”, “Dom Casmurro”, “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires”, revelam o
interesse cada vez maior do autor de aprofundar a análise do comportamento do
homem, revelando algumas características próprias do ser humano como a inveja,
a luxúria, o egoísmo e a vaidade, todas encobertas por uma aparência boa e
honesta.
Como
contista Machado escreveu: ”A Cartomante”,”O Alienista”,”O Enfermeiro”,”O
Espelho” dentre outros.
Como
cronista escreveu, entre 1892 e 1897, para a Gazeta de Notícias, sob o título
“A Semana”.
Embora
suas peças teatrais não tenham o mesmo nível que seus contos e romances, ele
nos deixou “Quase ministro” e “Os deuses da casaca”.
Como
crítico literário, além de vários prefácios e ensaios destacam-se 3 estudos:
”Instinto de nacionalidade”,”A nova geração” e “O primo Basílio” (a respeito do
romance de mesmo nome de Eça de Queirós).
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